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sábado, 14 de novembro de 2020

 

POESIA "EXISTÊNCIA" 5º FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA 2020

 

Existência - POESIA (5º Festival de Poesia de Lisboa 2020)




 Neca Machado (CO AUTORA NA OBRA)

5º FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA

(AMAZÔNIA)




 

 Sinto me VIVA, com o frescor de uma flor,

 Com o dançar das ondas,

 no mar revolto em dia de tempestades,

Sinto me VIVA,

 com as revoadas de pássaros que bailam sobre telhados,

 Com o fogo inebriante de um dia de verão em fim de tarde,

 rasgando o céu,

 Sinto me viva

 ao sorrir sem motivo de alguma lembrança,

 E EXISTO, reexisto,

 a cada manhã quando abro meus olhos a fitar a VIDA.

 Sou parte deste bioma, entranhado no meio do mundo,

 a AMAZÔNIA Verdejada pelo encanto das florestas,

 Abençoada por Deuses imaginários,

 Banhada com água benta, de poço cavado a profundidade,

 Perfumada com cheiro de mato,

 E eternizada por sabores exóticos

 que nunca serão substituídos em nenhum outro lugar.

 Mulher afro, despida de medo, vestida de CORAGEM.

Sou a Existência viva

orgulhosamente de parte da AMAZONIA.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

ÁLVARO SIZA BY NECA MACHADO (AMAZÔNIA)


BY- NECA MACHADO (JORNALISTA-AMAZÔNIA)

(FOTOS- NECA MACHADO)

Terminou ontem, 02 de fevereiro de 2020 no Museu de Serralves na cidade do Porto-Portugal a exposição do acervo do Arquiteto português ÁLVARO JOAQUIM DE MELO SIZA, denominada de IN-DISCIPLINA, referente ao título a uma nota escrita em um de seus cadernos, o evento comemora 20 anos de fundação do Museu, e o público foi fiel ao trabalho do renomado arquiteto, o evento estava lotado de cidadãos do mundo, que na entrada se podia perceber o número de línguas faladas, do chinês ao português, vim da Amazônia e como jornalista, não poderia deixar de conhecer um pouco de sua história, que também tem obras realizadas no Brasil.


Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira nasceu em Matosinhos em 1933.

Estudou Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1949 e 1955, sendo a sua primeira obra construída em 1954.
Foi professor na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, cidade onde exerce a sua profissão.
É membro: da American Academy of Arts and Sciences; é "Honorary Fellow" da RIBA/Royal Institute of British Architects; da BDA/Bund Deutscher Architekten; “Honorary Fellow” e “Honorary FAIA” da AIA/American Institute of Architects; da Académie d'Architecture de France; da Royal Swedish Academy of Fine Arts; da IAA/International Academy of Architecture; Sócio Honorário e Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos Portugueses; da American Academy of Arts and Letters.

História custodial e arquivística
O Arquivo Álvaro Siza Vieira, composto por 40 projetos de arquitetura, encontrava-se até abril de 2016, no Atelier do arquiteto. Foi efetuada a transferência da documentação para a Biblioteca da Fundação de Serralves, tendo-se iniciado uma intervenção no espólio que teve a duração de 14 meses.

O tratamento arquivístico do Arquivo Álvaro Siza Vieira envolveu uma ingerência desde o estudo preliminar, recenseamento e incorporação, análise documental, estudo do produtor e do contexto da produção, descrição arquivística e indexação, conservação preventiva, restauro e acondicionamento e finalmente a elaboração de um plano de classificação, de acordo com as normas internacionais - ISAD(G) e ISAAR(CPF) -, e com as orientações da Direcção-Geral de Arquivos (ODA). (fundação Serralves)


ÁLVARO SIZA - IN/DISCIPLINA

DE 19 SET 2019 A 02 FEV 2020
Nome: Álvaro Siza
Disciplina: tão pouca quanto possível


(FOTOS- NECA MACHADO- 02.02.2020)


Esta nota confessional - certo dia escrita por Álvaro Siza na guarda interior de um dos seus cadernos de desenho, de formato escolar - serviu de ponto de partida para esta exposição comemorativa do 20.º aniversário do Museu de Arte Contemporânea de Serralves.
Álvaro Siza:in/disciplina revela-nos a salutar inquietude e a insubmissão do seu método criativo que, forjado no cruzamento entre saberes, culturas, geografias, obras e autores, sustentou, ao longo de mais de seis décadas, um constante questionamento da arquitetura a partir, simultaneamente, do que está dentro e fora da disciplina.

Com base em trinta projetos realizados entre 1954 e 2019 (construídos ou não), a exposição percorre a trajetória de Álvaro Siza, desde o período da sua formação até à sua plena afirmação autoral, através das suas leituras, dos seus cadernos de esquissos e registos de viagem, dos retratos que dela fizeram fotógrafos e amigos, das publicações seminais que as publicaram e do testemunho pessoal de muitas personalidades que com ela se cruzaram ao longo do tempo.


Curadores da exposição: Nuno Grande e Carles Muro

A exposição é organizada pela Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto, com a contribuição fulcral do seu Arquivo Álvaro Siza, do Álvaro Siza Fonds do Canadian Centre for Architecture (CCA), Montréal, e do Arquivo Álvaro Siza da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), Lisboa.

Imagem: Álvaro Siza, image from Sketchbook nº110. Col. Álvaro Siza Fonds - Canadian Centre for Architecture, Montréal (CCA).

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

LANÇAMENTO SERÁ NA EUROPA EM 2020


NECA MACHADO



“MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS”
(LEMBRANÇAS AMARGAS)
*O SONHO EUROPEU DE "CABOCAS" DA AMAZÔNIA
RELATOS REAIS- PESQUISAS NA AMAZÔNIA






AMAZÔNIA-BRASIL
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(NECA MACHADO MORA NA EUROPA)



APRESENTAÇÃO


          Como uma verdadeira Mulher da Amazônia, nascida no entorno do Poço do Mato, um logradouro cultural da cidade de Macapá, no estado do Amapá, extremo norte da fronteira com a Guiana francesa, banhado pelo majestoso Rio Amazonas, “sinto me na obrigação de deixar as futuras gerações este relato exaustivo de pesquisas realizadas por mim, ao longo de mais de três décadas”.
Escutei desde criança, estórias de terror de Mulheres ribeirinhas, que iludidas por sonhos de prosperidade com a valorização do “franco” moeda europeia da década de setenta, se aventuravam pelas correntezas do Rio Oiapoque, em busca de um futuro melhor, muitas morreram, desapareceram sob as aguas e nunca foram encontradas, outras sobreviveram para relatar a poucos ouvintes suas dores.
São mais de 200 relatos reais que escutei atenta sem interferir, e agora reproduzo de maneira literal em forma de contos, uma odisseia de terror. Muitas conseguiram sobreviver as doenças, as humilhações e as diferenças culturais entre o Brasil, extremo norte, muitas vieram também do Nordeste e a Europa. Outras não gostam de lembrar do passado, tem filhos oriundos dessas relações, muitas conseguiram cartas de residentes, outras tantas falam o idioma francês com fluência, porque Caiena na Guiana francesa continua sendo um Condado da França.
São estórias reais com a “minha característica” de reproduzi-las com pura emoção literal.





BIOGRAFIA
Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 27 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)







MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS
PUTAS E RATOS (LEMBRANÇAS AMARGAS)

O “ápice” de seu sucesso como prostituta, foi realmente os anos 60, que ELA (   ) prometeu para seu interior, nunca esquecer.
Viveu intensamente, amou e foi muito amada, lembra com satisfação.

Realmente foi uma bela Mulher, corpo escultural, lábios perfeitos, os seios, eram realmente a parte de seu corpo que mais gostava, eram lindos, repetia entre sussurros.
E agora em pleno século XXI, quase centenária, o seu maior presente é a boa “memoria”, lembra de tudo como se fosse ontem.
As vezes apesar da proibição social, disfarçada, “porque todo mundo sabia onde tinha um Puteiro” me disse revoltada, “a maioria da tal sociedade ia lá, tinha de tudo, de autoridade, policial, doutor, pai de família, tinha de tudo, de jovem que queria ser aceito...”
E talvez escutando por ai, a maioria contaminada por Hepatite C, nem lembre, mas, não usava proteção.
Talvez tenha razão confirmo com a cabeça.
Mas, ELA (    ) tem boas lembranças, amava pentear seus cabelos com “gumex” e sorri, parece que nem tem mais, era uma pomada que deixava brilho nos cabelos, quanta saudade.
Sem dinheiro sobrando, a dona do bordel reclamava que muitas não usavam desodorante e isso afastava clientes, mas, ELA, gostava tanto do “Mistral”


Gostava de revistas, lembra da “Capricho” que uma Puta nova até foi apelidada de capricho porque era parecida com uma das modelos que um dia apareceu na capa.
Um dia conheceu um fotografo lambe lambe, ri entre os restos de dentes, e ele sempre trocava favores por fotos suas em “binóculos”
E EU complementei: não existem mais, agora está tudo em cartão digital.
E voltando as suas memórias que tanto gosto de escutar, continuou:
Eu amava comer choquitos”
E EU, com meus pensamentos, nem existe mais, agora tem tanto chocolate, belga, suíço….
E finalizou que seu sonho de consumo era mesmo uma ENCERADEIRA.
E agora em pleno século XXI, só tem lajotas, azulejos, e porcelanatos, muitos tão bons e belos....

E os RATOS? Há os RATOS...
Continuam todos os dias a sair de seus esgotos, putrefatos, cheios de bactérias, contaminando seres simplórios como ELA, usurpando de seus prazeres, deixando seus excrementos sobre a memória, e sobre a derme, egoístas com suas aberrações, muitos enriqueceram com crimes envolvendo dinheiro público, estão por ai, é só abrir qualquer jornal.

E AS PUTAS ENVELHECERAM.
Muitas sem futuro, sem patrimônio, sem perspectivas, sem saúde, muitas nem gostam de lembrar que seus sonhos era Caiena, me disse ELA (    ).
“Sim, CAIENA, muitas se deram bem, agora são Madames, e nem gostam de lembrar do passado. ”

É a vida, repeti,
Tem que ter planos.